In the end, we will remember not the words of our enemies, but the silence of our friends - Martin Luther King Jr., 1967


Wednesday 19 September 2007

A rough and ready translation of an article Published in Angolan weekly “Agora” 23 February 2001 (original in Portuguese follows)

RUTEC deceives UNDP and the Government

MICROFORM CLOSES ITS DOORS IN HUAMBO

A supposed scam committed by the South African industrial technology company, Rutec, against UNDP caused the closure of the Micro-industry Training Centre in the province of Huambo.

Júlio Gomes

The Micro-industry Training Centre, Microform, which had been functioning in Huambo for the last two years, closed down on 31 January, Wednesday, because of a lack of money that was allocated to it. According to the project director, Leon Kukkuk, making a declaration to “Agora,” that to date he has received no indication from UNDP regarding the future of the project, but truthfully there is no money to continue training that projected in its first phase the instruction of five-hundred people in about twenty-five specialities.
In the first training cycle of eighteen months the abovementioned project planned to benefit close to one thousand two hundred people, the majority of them demobilised soldiers, widows and unemployed in general, and were evaluated at more than one and a half million Dollars. Its continuation may additionally have assisted, indirectly, more than three thousand people.
It is known – as well as hoped – that by way of an audit of the project there are indications that RUTEC, a South African company, to whom UNDP had channelled money from donors for the procurement of equipment and consultancy may be called for justification.
Finally, our source adds, that of money made available by the donors, that is more than one and a half million Dollars paid to RUTEC, Microform only received about half a million Dollars, it is not known what happened to the rest of the money, that is about nine hundred thousand Dollars.
Substantially disturbed by this, and practically without contact with the management of UNDP regarding this issue, Leon Kukkuk, is considering steps outside of the United Nations system to save the project from permanent collapse, but resisted entering into details about the exact procedure.
The relevant community approached by “Agora” showed much concern with this situation, considering that the functioning of the centre assisted in the lives of lots of folks. In the streets of the city there are frequent comments about the disordered closure of the centre that had already offered a variety of products to the local market, most notably fruit juice, peanut butter, honey, wax, bread, guava concentrate, meat and construction material, specifically, barbed wire, compressed earth bricks and leather for shoemaking.
“Quite simply the Micro-industry Training Centre, was contributing to overcoming the misery in the province where the industrial sector had been severely affected.” Claimed Leon Kukkuk.
On the other hand, the management of Governor Paulo Kassoma viewed this a nucleus of development of small industries, for the projection of larger industry. In fact, when the governor visited the project for the first time in March 1999, he already showed his satisfaction, that it is, in his opinion, through projects of this nature that Huambo can already start taking definitive steps on the path to development. Paulo Kassoma must, without a doubt, be another person negatively affected, know that at this moment the centre may already not train anybody.
The deceit committed by RUTEC against UNDP as well as the Angolan authorities that in this manner are unable to advance with its programme against unemployment in the highlands where the industrial sector with more than four thousand employees had come to a halt. In the air remains the promise of an alternative as suggested by the Project director Leon Kukkuk.


Rutec burla PNUD e Governo
MICROFORM FECHA PORTAS NO HUAMBO

Uma suposta burla que a empresa sul – africana de tecnologias industriais, Rutec, terá aplicado ao PNUD provocou o encerramento do centro de formação de micro – industrias na província do Huambo.

Júlio Gomes

O Centro de fomento de micro – empresas, Microform, que estava a funcionar no Huambo durante os últimos dois anos, paralisou a 31 de Janeiro, quarta – feira, devido a falta de dinheiro tal como era previsível. Segundo o director do projecto Leon Kukkuk que prestou estas declarações ao “Agora” , não se receberam ate hoje indicações do PNUD sobre o futuro do projecto mas a verdade e que não ha dinheiro para a continuação da formação que previa na primeira fase a instrução de quinhentas pessoas em cerca de vinte e cinco especialidades’.
Num ciclo de formação de dezoito meses o referido projecto previa beneficiar perto de mil e duzentos pessoas na sua maioria desmobilizados do exercito viuvas e desempregados em geral e estava avaliado em mais de um milhão e quinhentos mil dólares. A sua propagação devia beneficiar também, indirectamente, mais de três mil pessoas.
Soube – se porem que espera – se por uma auditoria ao projecto e ha sinais de que a Rutec, empresa sul – africana, a quem o PNUD havia canalizado o dinheiro dos doadores para aquisição de equipamentos e consultoria poderá vir a ser chamada a razão.
Afinal, acrescenta a nossa fonte, do dinheiro disponibilizado pelos doadores ou seja dos mais de um milhao e quinhentos mil dólares a Rutec forneceu, ao Microform, apenas o equivalente a quinhentos mil dólares não se sabendo ao certo onde estará a outra parte do montante, cerca de novecentos mil dólares.
Bastante inconformado com isso, e praticamente, sem contacto com a direcção do PNUD entendida no assunto, Leon Kukkuk achou porem uma medida para salvar o projecto do colapso definitivo fora do sistema das Nações Unidas mas recusou – se a entrar em detalhes sobre os procedimentos afins.
A própria comunidade segundo apurou o “Agora”, anda preocupada com a situação pois, o funcionamento do centro estava a facilitar a vida a muita gente. Nas ruas da cidade tem sido frequentes comentários sobre a brusca paralisação do centro que já fornecia uma multiplicidade de produtos ao mercado local com predominância para os sumos de fruta, quitaba de ginguba, mel, cera, pão, compota de goiaba, carnes, e materiais de construção, nomeadamente, arames farpados, blocos de terra comprimida, e cabedal para o fabrico de calcado.
“Numa só palavra o Centro de Fomento de Micro – Empresas estava a contribuir para vencer a miséria na província onde o sector industrial ficou severamente atingido’, asseverou Leon Kukkuk.
Por sua vez, o executivo do Governador Paulo Kassoma via nisso um polo de desenvolvimento da pequena industria, para a projecção da grande industria. Alias, quando o governador visitou o projecto pela primeira vez em Marco de 1999, lia – se no seu semblante satisfação já que, em sua opinião, com projectos dessa natureza o Huambo estava a marcar passos seguros na senda do desenvolvimento. Paulo Kassoma deve ser, certamente, outra pessoa atingida com amargura, ao saber que neste momento o centro já não pode formar ninguém.
A burla que a Rutec terá aplicado ao PNUD e também as autoridades angolanas que deste modo ficam privadas de avançar com o seu programa de redução da vaga de desempregados sobretudo no planalto central onde só no sector da industria conta com mais de quatro mil elementos pegou. No ar fica a promessa da alternativa avançada pelo director do projecto Leon Kukkuk.

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